Coronavírus: Como cada setor pode se reinventar nesta pandemia?

Em março começaram a aparecer os primeiros casos de Coronavírus no Brasil e todo mundo se assustou!

Autor: Aroldo GlombFonte: KAKOI Comunicação

Em março começaram a aparecer os primeiros casos de Coronavírus no Brasil e todo mundo se assustou! Era restaurante fechando as portas (seja por determinação de autoridades, seja por falta de público nas ruas), shoppings vazios, casamentos e festas canceladas… Ou seja, estava começando uma era de caos para todos os empreendedores.

A triste e dura nova realidade assustou pois nunca passamos por algo assim. Teve gente que acreditou em uma retomada dentro de um mês, mas como todos já perceberam, ainda hoje temos que lidar com máscaras nas ruas e mudanças drásticas nos negócios, que precisaram se adaptar de uma forma ou de outra.

E se a pandemia ainda está aí, qual é a solução? Fechar as portas? Para Ediney Giordani, CCO da KAKOI Comunicação, a palavra de ordem é adaptação:

“Todo mundo foi pego de surpresa, mas o empresário é uma pessoa criativa por natureza. Se antes os aplicativos, as plataformas e as redes sociais eram um luxo ou uma opção para as empresas, agora a tecnologia passou a fazer parte da estrutura de qualquer negócio. Claro, de nada vale ter essa tecnologia sem criatividade, sem adaptação e sem visão.” explica Giordani.

Há algumas iniciativas que estão ajudando os empresários, o SEBRAE mantém comunicação ativa com pequenas empresas incluindo abertura de crédito. O Facebook disponibilizou dicas em sua plataforma, inclusive com opções de acesso ao fundo de anúncios.

Pensando nisso, Ediney, com ajuda de dados divulgados pelo SEBRAE, separou algumas dicas pontuais para inspirar empresas a se adaptarem aos novos tempos - claro, com redes sociais profissionalizadas, anúncios no Google (pois todo mundo está em casa procurando pelos celulares, computadores e tablets da vida) e sites responsivos.

Dicas para se reinventar para os principais segmentos afetados

Pet shops e serviços veterinários
Caiu 55% desde o começo da pandemia. Mas vamos lá, tem saída! Aposte em parcerias com aplicativos de entrega, assim como manutenção de relacionamento com os clientes por meio das redes sociais é essencial. Agendamentos de banho e tosa online e comercialização por meio de plataformas digitais são maneiras de manter seu negócio ativo.

Eventos
O setor teve uma queda expressiva de 86%, com uma avalanche de formaturas e casamentos cancelados. Então uma opção interessante é transformar eventos presenciais em lives (transmissões online) ou fazer distribuição de conteúdo via serviços de streaming. Tem empresas que estão fazendo as serenatas com carro de som, levando balões e tudo mais, para a frente das casas das pessoas - gente que quer “comemorar” o aniversário dos pais ou avós que não podem sair de casa e, no máximo, ficam na janela. Pode ser uma boa ideia. Registrar esses momentos e divulgar como um novo serviço nas redes sociais pode resultar em novos negócios.

Artesanato
Outro setor que teve uma queda assombrosa, na casa dos 70%. É hora de repensar expectativas de vendas, evitando compras desnecessárias. Caso trabalhe com encomenda negocie pagamento à vista. Renegocie prazos e pagamentos com fornecedores para evitar prejuízos. Quem trabalha com sistema de entregas pode ampliar esse foco, e quem ainda não iniciou esse processo, pode implantar rapidamente com auxílio de aplicativos, redes sociais e parcerias especializadas.

Oficinas e peças automotivas
Com queda de 55% na procura por serviços (pois muita gente não está saindo de casa), o setor precisa olhar com carinho quem trabalha com delivery, cuja procura de peças de motocicletas aumentou. Fique atento a isso e também aumente a prática da entrega por delivery ou incentive o consumidor a encomendar e buscar no local.

Logística e transporte
O tombo foi de 63%, portanto vale inserir mais restaurantes e bares nas plataformas de venda e entrega. Os motoristas de aplicativos podem passar a fazer entregas para que não tenham que parar de rodar em tempos de quarentena. Lembre-se de que os pedidos onlines estão mais fortes do que nunca, portanto entre de cabeça com pedidos pontuais e pequenos negócios.

Beleza
Com queda de 69%, a beleza é um dos mais afetados. Por isso a melhor saída é intensificar o uso dos canais digitais: TikTok, Instagram, WhatsApp, Facebook, outras plataformas e aplicativos de venda estão bombando. Mantenha o contato com os clientes enviando. Use as redes sociais para dar dicas de beleza e oferecer produtos. Tem gente apostando muito em promoções para vender na modalidade delivery de cosméticos home care, elaborando kits de produtos que atendam às necessidades das clientes.

Construção Civil
Também caiu - na casa dos 58%. Nesse momento em que as pessoas estão em casa, pode ser uma oportunidade que eles observem a necessidade e queiram fazer pequenas reformas ou a troca do mobiliário. Mantenha a comunicação com o cliente para ser lembrado.Crie vídeos com dicas de bricolagem, pequenas reformas e coisas do gênero. Use a criatividade.

Serviços de Alimentação
Os restaurantes observaram uma queda de 67% e talvez seja o setor que melhor respondeu com a pandemia - se bem que antes, os bares e restaurantes já trabalhavam com entregas. O pulo do gato é usar as redes sociais para divulgação o cardápio e ressaltar os cuidados de higiene que estão sendo tomados pelo seu restaurante para evitar o contágio. Criar vouchers com desconto para clientes usarem quando os bares e restaurantes reabrirem é uma forma de fidelização.

Moda
Poucas pessoas circulando, mais gente em casa. É normal que as vendas de roupas despencassem e a queda foi de 80% no varejo de moda e 74% no segmento como um todo. A solução são serviços complementares, como entrega delivery. Ter uma rede social atualizada e ativa, lotada de conteúdo, é fundamental para manter o relacionamento com os clientes e divulgar novos produtos e serviços. Para as confecções, tente renegociar com fornecedores e cliente e buscar construir contratos futuros de produção. Já pensou em fabricar máscaras diferentes? Elas estão em alta e passaram a ser uma “tendência”. Outra dica é criar roupas e acessórios de proteção para os profissionais de saúde. Mas lembre-se que esse tipo de produto tem normas específicas de produção e de tipo de tecido.

Comércio em geral
Dependendo do negócio, a queda está variando entre 42% e 63% sendo que os mercados (-16%) têm a menor queda do segmento. Já passou da hora de adaptar o seu negócio para entrega direta ou utilizando serviço de delivery. Mesmo que você precise fechar sua loja física, deve manter contato com os clientes pelos canais digitais, oferecer serviços e manter a comunicação.